Por que a crise imigratória na Europa é problema de todo mundo?

Dá para fazer mais do que somente assistir às notícias


Já virou rotina: todo dia tem uma notícia sobre a crise imigratória na Europa e seus desdobramentos. O assunto é tão frequente que se tornou comum, trivial, certo? Errado. A situação é gravíssima e está longe de acabar ou ser comum, mesmo que os países consigam resolver os problemas que levam as pessoas a abandonarem seus lares em busca de uma vida melhor, as consequências ainda são incalculáveis. Na Síria, por exemplo, de onde sai a maioria dos refugiados, ainda é difícil quantificar o rastro de destruição do Estado Islâmico e outros grupos radicais, assim como rebeldes e forças do governo. Mesmo que os EUA e seus aliados consigam derrotar esses vilões modernos, reconstruir as cidades e a vida das pessoas afetadas certamente não será tarefa fácil, principalmente pelo fato de o país viver uma guerra civil desde 2011, quando parte da população entrou para a luta armada contra o ditador Bashar al Assad, que ascendeu ao poder em 2000. Estima-se que em cinco anos mais de 260 mil pessoas já morreram com a guerra no país.

Mas não é só da Síria que partem os refugiados. É verdade que o país é campeão, mas o Afeganistão, a Eritreia, a Somália e Nigéria vêm logo atrás.  A Nigéria, aliás, vive uma situação parecida com a da Síria, mas lá os terroristas atendem pelo nome de Boko Haram.

A maioria desses imigrantes, como já se sabe, gasta quantias exorbitantes para pagar pessoas que os atravesse pelo Mar Mediterrâneo em direção à Europa, sujeitando-se ao frio, à fúria do mar e às vezes à morte. Mas por que tudo isso é seu problema se as pessoas tomam essa decisão e a responsabilidade é só delas. Bem, essa afirmação pode até ter um pouco de verdade, mas também é bem egoísta.

Como cristão, ajudar as pessoas em necessidade é seu dever. É mandamento: “Amar ao próximo como a si mesmo”. Há pessoas em diversos lugares do mundo que abrigaram refugiados em suas casas e lhe ajudaram a reconstruir a vida, inclusive no Brasil. No ano passado, uma pernambucana recebeu um casal de sírios e seu filho de apenas cinco meses. Mas nem todos têm condição financeira, psicológica ou estrutura para isso. Mas há tanto a ser feito, você pode simplesmente procurar uma instituição séria e fazer doações para ajudar os voluntários a suprir a necessidade das pessoas nessa situação dolorosa. Ou mesmo ir até uma organização no Brasil e saber como contribuir. A ADUS (Instituto de Reintegração dos Refugiados) ajuda os refugiados no Brasil. O Instituto promove aulas de português, qualificação profissional, introdução no mercado de trabalho, além de outras ações sociais com o objetivo de reintegrar o refugiado na sociedade. Aos dispostos a ajudar a ADUS, podem ser voluntários ou doar roupas, calçados, livros e outros objetos que serão usados nos bazares da ONG para arrecadar dinheiro. Ou seja, as formas de ajudar são muitas e bem acessíveis.

Existe outra coisa que como cristão também é seu dever: orar por esses irmãos, esses filhos de Deus que já passaram por tanta coisa, abandonaram tudo o que conheciam como lar em busca de uma melhor qualidade de vida. Muitas pessoas que fogem de seus lares fazem isso por questões religiosas, e é doloroso saber que existem cristãos que não têm a mesma liberdade de culto disponível aqui no Brasil. Mas independente do motivo que os levou a fugirem de suas casas levando apenas a roupa do corpo e dinheiro, quando sobra alguma coisa, é sua função pedir a Deus que derrame sua graça sobre filhos que estão fugindo e tenha misericórdia dos outros envolvidos nessa equação: governos, terroristas e da população que continua sofrendo o jugo esmagador que é viver nesses países nos últimos tempos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instagram