A
correria diária e a limitação dos círculos de amigos têm impulsionado muitas
pessoas a procurarem por sites de relacionamento
Tinder, Match.com,
OkCupid, NowMe, Par Perfeito... Se fizéssemos uma lista com todos sites e apps
de relacionamento existentes, ela seria extensa. Tem para todos os públicos,
todos os gostos, inclusive para cristãos. Os mais conhecidos são o Divino Amor e
Amor em Cristo, que possuem grande número de pessoas cadastradas.
O uso destes
aplicativos, por qualquer pessoa, indica a tendência de um mundo moderno e
tecnológico. Ao contrário do que as comédias românticas propagam, é difícil
encontrar alguém no metrô ou na rua e se apaixonar. A vida corrida e ocupada
tem impedido as pessoas a olharem para os lados no dia a dia, dar “match” no
celular é menos complicado.
Mas, para cristãos, é errado usar esse tipo de serviço?
Absolutamente não. Sites de relacionamento são apenas mais uma forma de
conhecer pessoas e, potencialmente, se relacionar com elas. Não é uma
substituição ao método tradicional de fazer amigos e sim uma adição, já que o
ciclo físico de amizade é mais limitado. Na internet, pode-se conhecer pessoas
de outras localidades, inclusive fora do país. “É preciso esclarecer que um
site de relacionamento cristão nada mais é do que uma ferramenta para aproximar
pessoas com o mesmo propósito de vida”, diz o pastor Antonio Júnior, consultor de relacionamentos do site
Divino Amor.
É importante entender que as relações iniciadas nesses
serviços não são exclusivamente para formar pares, mas a amizade é o principal
objetivo, para só então pensar em algo mais sério. “Acredito que a internet é
uma excelente ferramenta para estabelecermos amizades com pessoas de lugares
que talvez nunca possamos visitar pessoalmente, além de que atrás de um
computador é mais tranquilo para pessoas tímidas fazer amizades”, diz a
professora de história, Aureli Guedes, que já teve perfil nestes sites.
A timidez foi o fator que mais pesou para a jovem Aline
(que preferiu ser identificada apenas pelo primeiro nome) optar pelo método
online: “Por ser virtual, eu me sentia menos tímida e conseguia
conversar de uma forma bastante produtiva, sem a vergonha de ter olhos nos
olhos e tudo mais”.
A cautela é imprescindível para quem usa esses serviços.
É bom ter cuidado para não se encantar com as descrições de perfil nem se
deixar levar por palavras bonitas. “Sempre conheça melhor a pessoa antes de
encontrá-la pessoalmente”, orienta o pastor.
Essa precaução, porém, não deve gerar medo e bloquear o
usuário, que deve estar disposto a conhecer as pessoas, seus interesses e
valores e, só depois, partir para o encontro presencial. “Conheci o meu esposo
através do site e, portanto, não posso negar a eficácia das redes online”, diz
Aureli.
Pode-se observar também, que o que funciona para um, pode
não funcionar para outro. Enquanto a professora construiu uma relação que
chegou até o altar, Aline resolveu cancelar a conta por motivos bem pessoais:
“Hoje em dia, tenho outra visão sobre isso, acredito que Deus não precisa
desses instrumentos para fazer a Sua vontade e nem que sejamos facilitadores
pra que ela se cumpra nas nossas vidas”.
Para
os que ainda estão solteiros e desejam expandir os horizontes e encontrar novas
possibilidades, o pastor Antonio Junior tem um recado: “Eu sempre digo que
antes da pessoa querer encontrar alguém de Deus para namorar e casar, ela deve
primeiro buscar ser esta pessoa. Quando você entende o seu valor diante de Deus
e sabe que Ele tem o melhor para a sua vida, você não se desvaloriza, nem se
precipita. Assim, o seu coração está preparado para encontrar um amor que
combine com você”.

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